24.6.07

Yves Klein

IKB 3

O Monocromático

No dia 28 de abril de 1928, em Nice, nasce o filho de Frédéric Klein, paisagista e de Marie Raymond, pintora da Art informel. Yves viveu em Paris de 1930 à 1939 e costumava passar os verões em Cagnes-sur-Mer.
Termina os estudos em plena Segunda Guerra Mundial e começa a pintar. Desde cedo, Klein, usa a cor e rejeita as linhas e desenhos. No entanto é só na década de 50 que vai se destacar.
Fora da França as pinturas azuis - “meditação perante a cor do céu” - ficaram mais famosas.
Em 1947 conhece Claude Pascal e Armand Fernandez. Se tornam grandes amigos e juntos praticam alquimia,, Judô, meditação, tocam jazz, dançam e planejam viajar o mundo.
Após terminar o serviço militar Yves parte para a Inglaterra com Claude e em Londres (1949- 1950) aprende técnicas com Robert Savage (amigo de seu pai).
Em 1952 depois de passar pela Itália (onde já havia estado em 48) e pela Espanha segue para o Japão. Lá apresenta painéis monocromáticos, numa exposição particular e tira a faixa de 4o Dan do Judô.
Na sua primeira exposição pública, em Paris (1955), o conceito de Klein - “A cor pura representa por si própria algo” - não convenceu e embora ele acreditasse que as cores tivessem vida própria o público via, em sua obra, apenas um “arranjo arquitetônico de cores”.
Em fevereiro de 1956, já na segunda exposição são explicadas as propostas monocromáticas e a aceitação é bem maior. Em agosto do mesmo ano o artista participa do Festival de Arte de Vanguarda, em Marselha.
A fase mais marcante de Yves Klein foi, sem dúvida, a Época Azul, onde ele na “Busca da infinitude” tenta “unir o céu e a terra”. É nesta época que se aprofunda sua busca monocromática (agora apenas com o azul).
A primeira exposição da proposta monocromática - época azul - ocorreu em 1957 em Milão, depois foi para Paris, Düsseldorf e Londres. Yves (“o monocromático”) alcança o sucesso, como se colocasse sua assinatura no céu.
No verão de 1957 conhece, em Nice, Rotraut Uecker. Eles se apaixonam e no dia 21 de Janeiro de 1962 se casam.
No seu trigésimo aniversário, em Paris, inaugura uma exposição que levou o nome de “O Vazio”. Onde buscou retratar a “Época Pneumática” retirando toda a mobília da galeria e pintando as paredes de branco, com a mesma técnica utilizada em seus quadros, para ressaltar a luminosidade e captar a vida desta “não cor”.
Arman (Armand Fernandez), dois ano mais tarde, apresenta a exposição “O Cheio” - como resposta - ocupando a galeria até o teto com objetos.
Na terceira crise cardíaca, em 6 de Junho de 1962, Yves Klein morre. Rotraut terá, o único filho do artista, alguns meses depois.

-> Análise da obra “IKB 3” de Yves Klein

Usando o pigmento, que demorou um ano para desenvolver com a colaboração do químico Edouard Adam , Klein obtém um azul único que patenteou como Intenational Klein Blue.
A obra demostra os objetivos do artista - que dizia : “O azul não é mensurável como as outras cores”- e queria extinguir a linha do horizonte, tornando tudo azul.
Como para Yves Klein cada cor tem vida e representa algo é natural que ele desenvolvesse uma cor especial para suas obras. O azul de Klein é como um filho que reflete sua imagem e representa uma visão de mundo.

-> Ficha técnica da obra analisada:
IKB3, 1960. Pigmento puro azul e resina sintética sobre tela , montado sobre madeira , 199 X 153 cm. Paris , Musée National d’Art Moderne, Centre Georges Pompidou.
Mavi

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