24.6.07

Rebecca Horn

Rebecca Horn é predominantemente escultora e cineasta. Nasceu em Michelstadt, na Alemanha, em 1944. Quando criança seu pai contava histórias de bruxas, dragões e duendes, que a amedrontavam e geram traumas para a vida toda.
Estudou, a principio escondida, arte em Hamburgo e viajou para Londres e NY. Começou a fazer esculturas corporais no fim dos anos 60 – Nas quais fixava objetos ao corpo humano.
Ao confeccionar esculturas, de poliester e vibra de vidro, inalou a fumaça dos materiais, danificando gravemente seus pulmões. Enquanto se recuperava, numa clínica, tentou se comunicar com os outros apesar do isolamento e criou uma série de desenhos e esculturas do corpo, com tecidos e ataduras.
A relação entre o corpo físico e os ambientes se tornou constante em suas obras; em muitas de suas esculturas, fotografias e filmes existe uma ligação entre movimentos humanos e aparatos tecnológicos; geralmente transmitindo os traumas de infância - ansiedade, medo de voar, resistência em colocar luvas e claustrofobia. Pode-se notar também uma afinidade com a Boby Art dos anos 60.
Em 1970 criou Der Überströmer (o trasbordante) onde tubos transparentes, com líquido vermelho, insinuavam um sistema circulatório externo - sobre o corpo nu de um homem. Das Einhorn (o unicórnio), também do mesmo ano, traz uma mulher com uma enorme agulha de madeira presa como um chifre. Ambas as obras mantém os participantes isolados, tratam de experiências sensuais-erótica e do sofrimento metal e físico. ‘O Unicórnio’ a rendeu um convite para o Documenta 5, em Kassel.
Horn, nos anos 70, fez uma performance chamada Die Bleistiftmaske (a máscara de lápis de grafite). Lápis eram adaptados ao rosto, através de uma estrutura de tecido, que conforme os movimentos da atriz desenhavam na parede.
Buster’s Bedroom, de 1990, tem um apoio mecânico que desempenha um papel em pé de igualdade com a atriz. A cadeira de rodas, movida a motor, tem um braço mecânico que ergue copos de uísque aos lábios de Geraldine Chaplin.
Usando vários objetos - como facas, ovos, malas, tesouras, pena, violinos, escovas – tenta expor suas essências e não seus aspecto físico; eles convocam à vida sem que tenham vida por si mesmos.

Nenhum comentário: